Uma Reflexão Pessoal

O autoamor é o alicerce para amar genuinamente os outros. Isso reflete diretamente em nossos estudos e trabalho, proporcionando autenticidade e determinação. Abraçar o autoconhecimento não apenas beneficia o desenvolvimento pessoal mas também amplia nossa capacidade de contribuir positivamente com o mundo ao nosso redor.Enfrentei diversos desafios, mas, olhando em retrospecto, reconheço que a resiliência e o autoconhecimento foram essenciais. Eles me permitiram valorizar as lições do passado e adotar uma perspectiva esperançosa para o futuro, reconhecendo que o conhecimento é um poderoso instrumento contra o sofrimento.

Publicado por Valmir Moraes
Atualizado em 24/03/2024 - 07:39

Certa vez, depois de ouvir de alguém que eu teria tido muitas e boas oportunidades na vida, refleti sobre minha trajetória, e percebi que ao contrário, as oportunidades valiosas foram sempre  escassas, assim como o acesso financeiro à educação. Esta realidade não é exclusiva a mim, pois muitas pessoas batalham diariamente para alcançar seus sonhos vencendo enormes desafios.

A vida é isso. Compreendi que uma persistência resiliente é essencial. No Brasil, enfrentamos desafios significativos, como discrepâncias sociais, limitações no setor educacional e na inovação tecnológica. A área da ciência é um exemplo, sofrendo com a falta de incentivos. Dessa forma, quem almeja crescimento pessoal e profissional deve se preparar para desafios.

Mas também não reclame, pois você não está sozinho. Todos os que se dedicam a buscar pelo conhecimento e desenvolvimento humano  de igual forma, estão completamente desassistidos pelo governo e pela sociedade,  os quais pouco conseguem ver de valor alpém daquele que tilinta com o vil metal.

Contudo, é importante manter o otimismo. A mágica está em confiar em nossa capacidade de identificar e aproveitar as oportunidades que surgem. Alguns chamam de intuição. E para isso, estar munido de boas intenções é primordial.

Manter uma abordagem positiva e aberta para com as pessoas, ouvir e entender suas histórias é crucial. Cada interação, com amigos, professores, ou qualquer pessoa em nosso ciclo, ecoa em nossa própria vida.

Se enfrentarmos obstáculos que pareçam insuperáveis, lembre-se: mudanças podem ser benéficas. Seja adaptando nossos ambientes de trabalho, residenciais ou círculos sociais, o importante é seguir adiante com positividade, sem causar prejuízos aos outros.

É difícil se isolar nos próprios sentimentos quando somos injustiçados e incompreendidos, porém a experiência mostra, que não é impossível, se ao fazer isso colocarmos confiança no poder superior e intangível que nos move. Na caminhada da vida, reservar tempo para meditar, orar, contemplar outras formas de vida, em silêncio e sozinho é sempre uma delícia. Aprenda a confiar no que pulsa no mais íntimo de sua alma e te traz força e paz e seja invencível.

A autoanálise é vital. Compreender nossos sentimentos, mesmo diante das adversidades, pode fortalecer nosso espírito. Reservar um momento para a contemplação e o silêncio ajuda a fortalecer a conexão interior.
Será sempre medíocre e triste a vida de qualquer ser humano sem autocompreensão. É necessário olhar para dentro pelo menos uma vez ao dia.

Você pode aprender cálculos complexos, ser um especialista em leis, em medicinas e fármacos, mas sem aplicar ao seu conhecimento técnico aquilo que é comum a todos os humanos, que ecoa como chamado diário a sobrevivência, ou seja, autoconhecimento da vida, jamais terá êxito em sua profissão, nem consigo mesmo, nem com os outros.

Nesse sentido, a jornada acadêmica e profissional é enriquecida pelo autoconhecimento. Sem ele, faltará profundidade e realização em nossas vidas. O sucesso vem não apenas do conhecimento técnico mas, primordialmente, do entendimento profundo de nossos próprios desejos, medos e sonhos.

Por isso, é recomendável que antes de começar a estudar e buscar algo pensando nos milhões que lucrará com isso, e quantos títulos ostentará em seu escritório, queira aprender sobre você mesmo, suas vontades mais íntimas, seus medos, seus traumas, seus sonhos. Quebre preconceitos, primeiro mentalmente e depois, crie coragem para viver sem eles, abertamente.

O autoamor é o alicerce para amar genuínamente os outros. Isso reflete diretamente em nossos estudos e trabalho, proporcionando autenticidade e determinação. Abraçar o autoconhecimento não apenas beneficia o desenvolvimento pessoal mas também amplia nossa capacidade de contribuir positivamente com o mundo ao nosso redor.

Ame de verdade os seres e coisas que na aparência não podem te dar retorno algum, respeite os mais fracos sobre qualquer aspecto que seja, confie na voz que fala ao seu coração, e aproveite os seus silêncios.

Nesse pensamento, nossa caminhada diária, será sempre uma oração que jamais será desperdiçada. Toda meditação será um encontro lindo com nós mesmos, e oportunidade de se cuidar e aprender a amar um pouco mais.

É impossível amar aquilo qiue está fora de nós, sem antes de amar o si mesmo. As pessoas sentirão de imediato, quando seu afeto por elas for o resultado vazio de uma filosofia ou crença. Será falso e motivado pelo egoísmo. Quando o amor for real, vindo direto da alma não haverá segundas intenções.

Enfrentei diversos desafios, mas, olhando em retrospecto, reconheço que a resiliência e o autoconhecimento foram essenciais. Eles me permitiram valorizar as lições do passado e adotar uma perspectiva esperançosa para o futuro, reconhecendo que o conhecimento é um poderoso instrumento contra o sofrimento.

Compreendendo profundamente o impacto do autoconhecimento, percebo a imensa valorização dos estudos em diversas trajetórias de vida:

1. Encontrei pessoas que, devido à demandas familiares, não prosseguiram com seus estudos, e hoje observam a ironia de seus filhos seguirem um caminho similar. Este ciclo revela a influente natureza da educação em família.

2. Vi indivíduos impossibilitados de estudar por limitações financeiras. Nesse ínterim, concluí que o investimento em educação é um meio crucial para a ascensão econômica.

3. Percebi aqueles que adiaram a educação acreditando na falta de tempo. Anos mais tarde, a escassez de tempo permanece, mas a oportunidade educacional parece ainda mais distante.

4. Algumas pessoas foram restringidas por relações pessoais ou crenças que desencorajaram seus estudos noturnos. Variações nas circunstâncias de vida, como mudanças na situação conjugal ou espiritual, muitas vezes levaram a um impasse na educação e no desenvolvimento pessoal.

5. Contemplei quem deixou de lado a educação por amor ou companheirismo, apenas para encontrar transformações dolorosas em suas relações pessoais que deixaram a educação e o crescimento pessoal em segundo plano.

6. Vi indivíduos hesitantes devido a compromissos sociais ou convicções pessoais, cujas prioridades alteraram drasticamente ao longo dos anos. Essas mudanças frequentemente resultaram no adiamento permanente de sua educação.

7. Aqueles que subestimaram o valor da educação agora veem as consequências de suas escolhas nos sucessos de outros. Essa realização muitas vezes os leva a desejar oportunidades educacionais melhores para as próximas gerações.

8. Em resumo, o poder transformador da educação é inegável, influenciando não apenas o bem-estar econômico, mas também o crescimento pessoal e as relações interpessoais. Encorajo quem ainda pondera sobre a educação a considerá-la não apenas como uma oportunidade, mas como uma jornada enriquecedora que abre portas para um futuro promissor.

Iniciar o caminho para o autodesenvolvimento é dar um passo significativo em colocar-nos como prioridade em nossa própria vida. Uma peça fundamental nesse processo é o reconhecimento do incessante valor do aprendizado. Para ilustrar, gostaria de compartilhar uma reflexão pessoal: Houve uma época, quando eu era o garoto da fotografia  em preto e branco acima, em que eu era apenas uma crinaça muito carente e cheio de sonhos. Nesse momento, declarei com determinação, embora sem recursos tangíveis, que almejava ser uma melhor versão de mim mesmo – algo como ‘o cara da direita’, na imagem acima. Com o passar dos anos, olhando para trás, em algumas ocasiões, tenho a oportunidade de dizer àquela criança que fui, com um sorriso de realização, que ‘Deu certo’.

Esse diálogo interno reflete a importância de persistir no investimento pessoal e no aprendizado contínuo. Cada passo que damos na direção do autodesenvolvimento não apenas nos aproxima de nossos objetivos, mas também solidifica a crença em nosso próprio valor e potencial.”

Goste de desafiar-se a experimentar novidades: da leitura de um bom livro à prática de dança, cada experiência é uma oportunidade de crescimento. Valorize equilibradamente o ambiente digital, aproveitando as redes sociais, como ferramentas de conexão e aprendizado, mas sem permitir que elas monopolizem seu tempo ou atenção.

Em minha jornada até exercer a profissão que queria, da advocacia, absorvi uma lição valiosa: a evolução pessoal não apenas nos aperfeiçoa profissionalmente, mas amplia a nossa capacidade de compreensão e empatia. Essa consciência tem moldado minhas ações e reflexões diárias e reforça minha crença na educação e no conhecimento como pilares para uma vida plena e significativa.

Ser protagonista da própria história exige mais do que assumir responsabilidades; demanda amor-próprio, decisões conscientes voltadas ao autoaperfeiçoamento e a constante busca pelo conhecimento. Este, por sua vez, não somente transforma vidas individualmente, mas reverbera positivamente nas comunidades e relações.

Portanto, encorajo cada pessoa a buscar incessantemente o aprendizado, enfrentar com coragem os desafios e se permitir crescer em todas as dimensões. A construção de um legado de conhecimento, respeito e compreensão mútua, afinal, começa no ímpeto por ser a melhor versão de si mesmo.

Dedico este texto a minha mãe, Inês, uma de minhas maiores fontes de inspiração.
Valmir Moraes
Advogado especialista em Direito Sistêmico
Bacharel em Direito pela Associação Catarinense de Ensino – Faculdade Guilherme Guimbala
Especialização Latu Sensu em Psicoterapia pela Faculdade de Tecnologia de Curitiba
Pós Graduando em NeuroPsicologia pela Faculdade Metropolitana de São Paulo

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