Em palestra na OAB de Campinas (dia 24/5/2019), com a presença de 500 pessoas (incluindo membros de diversas Comissões de Direito Sistêmico de OABs de São Paulo e Minas Gerais), o DR. SAMI STORCH toca em pontos fundamentais para a atividade dos advogados sistêmicos.
A abordagem sistêmica na busca pela resolução dos conflitos, entende que cada ocorrência de desestrutura social, está imediatamente condicionada a outra, e assim por diante, criando uma teia, onde uma ação desistabilizadora conduz a outra, em um emaranhado, complexo e pernicioso, que na prática apenas serve para aumentar o sofrimento humano.
Neste contexto as instituições da justiça, ou seja, advogados, promotores, policiais, juízes e todos de um modo geral, são flexionados pelo desajuste social, do qual é impossível se desvencilhar, sem a consciência das leis sistêmicas, as quais são a Lei do Pertencimento, Lei da Ordem e Lei do Equilíbrio.
Essas Leis foram chamadas de Leis do Amor, pelo psicoterapeuta Bert Hellinger. São leis naturais, que uma vez rompidas, trazem intenso sofrimento, e gradativo no tempo e perpétuo, e expllicam a frustração humana em trazer paz social e felicidade sobre a coletividade. Na visão do Dr. Sami Storch, o advogado de hoje, deve acompanhar a ânsia da sociedade trans-moderna, se realmente pretende exercer uma advocacia de resultados positivos na existência dos que o cercam, especialmente seu cliente.
A correção dos conflitos não se resolve em cada caso em si, mas na mudança da visão litigante, para uma advocacia colaborativa e pacificadora que transform-se em aspecto cultural cotumeiro e amplificado a todas as organizações de direito. Neste sentido, um advogado é sempre um buscador da paz, para ele próprio e para os que o rodeiam.
Todo tipo de enfrentamento esconde um abuso, que é fomentado pelas partes a cada relação interpessoal, comumente recheado de poder desvirtuado. A constelação é um campo sem o poder e controle humano, sem limite individual, de caminho livre, que se norteiam somente pelos sentimentos que regem nossa sobrevivência, os quais não emergem da individualidade, mas sim, da boa vontade e união dos seres vivos.